Aplicação de fósforo pode dobrar a produtividade das plantações de eucalipto



O fósforo é um elemento muito importante para todos os organismos vivos porque faz parte de componentes da célula, de reações biológicas e de compostos que atuam no armazenamento e transferência de energia. Após o nitrogênio, é o elemento mais importante para as plantas.

Ele é absorvido pelas plantas na forma de fosfato (PO4-), permanecendo inalterado como constituinte de compostos orgânicos. O ciclo do fósforo se resume à absorção do fosfato da solução do solo pelas raízes das plantas e incorporação nos componentes orgânicos. A quantidade de fosfato imobilizada pelos microrganismos é mínima, sendo mais comum na adição de matéria orgânica quando se aumenta a comunidade microbiana.

De maneira geral, após a aplicação de fertilizantes solúveis, os íons fosfatos liberados na solução do solo apresentam alta reatividade, onde podem ser complexados por sódio, potássio, magnésio, cálcio, manganês, ferro e alumínio. Então, é muito importante mantermos os solos com pH em torno de 6,0 para termos a absorção máxima do fósforo. Nesta faixa de pH o alumínio já pode ter sido complexado, portanto, sem atrapalhar a absorção de fósforo.

Fertilidade dos solos brasileiros

No Brasil, a maioria das plantações de eucalipto e de outras espécies florestais encontra-se em solos marginais em termos de fertilidade natural. Geralmente são solos muito intemperizados, com predominância de minerais secundários.

A situação é agravada ainda quando a área foi afetada por uma degradação extrema, com fortes evidências de erosão da camada superficial e pobreza de matéria orgânica e minerais primários. Mas, pior do que isto é o fato de que muitos povoamentos florestais são instalados em solos naturalmente pobres em fósforo, onde a experiência tem mostrado que só se consegue produtividades econômicas de eucalipto com aplicações de boa dose de fósforo.

Fontes de fósforo

Existem duas fontes de fósforo para as plantas – o fósforo prontamente solúvel, vindo dos fertilizantes fosfatados, como supersimples, supertriplo, monoamônio fosfato, etc. Como o próprio nome já diz, após a aplicação do fertilizante solúvel o fósforo estará disponível, reduzindo sua disponibilidade com o passar do tempo.

Estes fertilizantes foram produzidos a partir de rochas naturais ricas em fósforo reagidas com ácidos fortes, e são indicados para solos corrigidos, após a aplicação de calcário para que o fósforo prontamente disponível não seja imobilizado pela acidez do solo.
Por outro lado, existem também as rochas fosfáticas, que não sofreram processamentos químicos, tendo apenas sido moídas para serem distribuídas no solo. Elas necessitam da acidez natural para tornarem o fósforo disponível, sendo um processo mais lento de liberação do nutriente que os fosfatos acidulados.

Neste grupo estão os fosfatos naturais que são recomendados para solos não corrigidos, onde a acidez natural do solo se encarregará de disponibilizar o nutriente. Quando estas rochas passam por um tratamento químico parcial para solubilizar o fósforo, são chamados fosfatos parcialmente acidulados.

É necessário salientar que a capacidade de solubilização dos fosfatos naturais após a aplicação depende das condições do meio ambiente, especialmente do solo, que pode representar o somatório de diferentes fatores. Ultimamente existem muitas rochas fosfáticas disponíveis, como o fosfato de Araxá, de Gafsa, etc.

Até pouco tempo havia o fosfato de Patos, produzido em Patos de Minas(MG), no entanto, não existe mais vantagem econômica de se comercializar este fosfato.

Benefícios para as florestas

O uso de fosfatos naturais (parcialmente acidulados ou não) é muito propício para as espécies florestais. Isto porque inicialmente as mudas não possuem raízes ativas para absorver todo o fósforo dos fertilizantes prontamente disponíveis.

É esperado, então, que o volume de raízes vá aumentando em consonância com a disponibilização gradual do fósforo (PO4-) contido nos fosfatos naturais. Parte do fósforo aplicado como fertilizante prontamente disponível é fixado nas argilas do solo (principalmente até o final do primeiro ano). Então, nosso esforço é para fornecer o fósforo para as mudas e estas irem absorvendo à medida que vão crescendo.

Outra dificuldade que temos para a absorção deste nutriente é que ele é pouco móvel no solo. Sendo de carga negativa, ele fica adsorvido (o que pode ser entendido como aderido parcialmente) às argilas que são de cargas positivas.

Fonte: AgroRuralNews

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